quarta-feira, 23 de maio de 2007

POEMA BÊBADO


Num rumo incerto e distante
Partido ao meio no caminho da serra
Esparramando em gritos agudos
Os cânticos proibidos da terra
Apresentam-se os vagabundos
Depois de tardia festa
Descabelam-se e sussurram
Gritam e desfalecem
Tomados no abismo da cana
Despojados de qualquer grana
Mas tomados de alegria verdadeira, dessas difíceis de encontrar
Animam a vida obscura
Dos plantadores, dos agricultores
Sem troca alguma de favores
Apenas por pena que tem
De tão velhos, tão próximos do cemitério.
Não terem juízo, menos ainda critério.



Mauricio Mayckon...

Um comentário:

Ilana disse...

Não sabia que você também fazia poemas, Mayckon! Gostei desse... Meio triste, mas engraçado, por mais paradoxal que pareça.
Beijos